A nova equipa de engenharia do Pico iniciou este mês um processo de reconhecimento de equipamentos e instalações. Apesar de moroso, estamos confiantes de que este esforço terá como frutos um conhecimento mais profundo da central que nos permitirá explorar ao máximo o potencial desta infraestrutura única. Os resultados deste levantamento estão a ser documentados cuidadosamente, de forma a construir uma base de trabalho sólida.
Após trabalhos de limpeza geral e selecção de equipamento operacional, foram concentrados esforços nos dois equipamentos informáticos mais sensíveis na Central: O PLC e o computador de aquisição de dados (DAQ). Se no segundo a colocação em serviço foi efectuada com sucesso e sem qualquer tipo de problemas, o PLC trouxe-nos o primeiro contratempo, uma vez que se encontrava com mensagens de erro que nos levaram a detectar problemas de hardware e software. Estes problemas estão neste momento a ser solucionados em conjunto com o fornecedor (EFACEC).
Feito o ponto de situação dos dois equipamentos anteriores, iniciámos o levantamento da instalação eléctrica e sistema de instrumentação da central (cablagem, esquemas eléctricos), ao mesmo tempo que executávamos testes a alguns dos elementos mais críticos. Neste sentido, foram testados com sucesso os seguintes equipamentos: - Compressor - Válvula de manobra - Válvula de isolamento - Válvula de alívio - Bomba de óleo
Fig.1 – Turbina Wells
Fig. 2 – Estator com palhetas de orientação
Fig. 3 – Válvula de manobra aberta
Mantemo-nos, contudo, cautelosos uma vez que apenas com a central em produção poderemos estar seguros do correcto funcionamento destes equipamentos e da sua interligação.
Devido aos resultados positivos obtidos no passado com o controlo da válvula de alívio em função das características das ondas incidentes, foi dada especial atenção à re-instalação do sensor de dados de ondas near-shore (ver notícia de Maio 2012), a cerca de 50 metros da central. Desta feita, todos os elementos envolvidos são de aço inox e foram tomadas precauções no sentido de assegurar a robustez e durabilidade do conjunto. O sinal já está a ser enviado para o sistema de aquisição de dados, com resultados interessantes.
Fig. 4 – Fixação do cabo do sensor ao solo
Fig. 5 – Pormenor da entrada na água do cabo do sensor
Fig. 6 – Pormenor da montagem do sensor de dados de ondas near-shore